coletor de admissão

O Cabeçote com 16V produz mais potência, no motor com cabeçote de 16V normalmente se usa um coletor longo, pois com um coletor longo a média rotação se privilegia o torque com o efeito " Pulsação (efeito de retorno das moléculas ao encontrarem a válvula de admissão fechada ricocheteando nas paredes do coletor, melhorando o enchimento do cilindro " Efeito Bomba"/Golpe de aríete), evitando assim o chamado buraco na aceleração.
Os chamados motores multiválvulas (16v, 20v etc.) apresentam uma deficiência em baixas rotações devido as baixas velocidades de depressão no coletor.
Como exemplo em um motor com 16V ou seja, 4v por cilindro, temos a abertura de duas válvulas de admissão simultaneamente, diminuindo a depressão no coletor e conseqüentemente o arraste de ar, causando assim o chamado " buraco de aceleração. Alguns motores possuem uma borboleta controlada pelo módulo de injeção que fecha uma das entradas do coletor de admissão, tornado o efeito de admissão em baixas rotações parecido com um motor de 8v.
Existem sistemas de injeções eletrônicas em que o acelerador eletrônico exerce um controle de torque abrindo a borboleta do acelerador progressivamente, minimizando assim a queda de depressão no coletor.
Para entender o funcionamento do coletor de admissão, é necessária a compreensão de dois fatores: perda de carga e pulsação.
- Perda de carga: existe quando ocorre o atrito do ar nas paredes do coletor de admissão significativamente;
- Pulsação: é o golpe de ar formado dentro do coletor dado pela abertura e fechamento das válvulas de admissão.
Quanto à aplicação do coletor, é avaliado o que é mais conveniênte ou mais significativo entre um e outro (perda de carga ou pulsação).
Em um motor em marcha lenta é necessário o uso das características de um coletor curto, pois não há presença do fenômeno “pulsação”. Mesmo usando-se um coletor longo, a velocidade dos pistões em marcha lenta é baixa, gerando um baixo deslocamento de ar. Já um motor entre 1500 e 3000 rpm cria uma velocidade onde a pulsação é bastante significativa para contribuir para o enchimento dos cilindros, aproveitando este efeito de bombeamento, também chamado golpe de aríete.
Em um motor com giro alto, o efeito citado acima não é significativo, não contribuindo para o enchimento do cilindro, então a perda de carga torna-se mais relevante (prejudicial). Quando o comprimento do coletor é longo, o motor passa a ter muita perda de carga por atrito, devido a seu alto volume de massa de ar, gerado pela alta rotação dos pistões. Então, é necessário trabalhar com o efeito de coletor mais curto.
Conclusão:
Motor em marcha lenta: Um coletor curto apresenta mais eficiência, pois não apresenta pulsações com um baixo deslocamento dos pistões ( RPM mais baixa).

Rotação média: Na rotação média o regime é de torque, temos ai mais eficiência usando um coletor longo, pois o efeito de pulsação contribui para o enchimento dos cilindros  ( 1500 a 3000 rpm).

Alta Rotação: Este regime é denominado de potência, onde um coletor mais curto é mais eficiente, pois o efeito de pulsação não contribui mais para o enchimento dos cilindros do motor ( acima de 3000 RPM), pois a freqüência de abertura e fechamento das válvulas de admissão e o grande volume de ar acaba criando resistência para trafegar em um coletor longo, logo trabalha-se com um coletor curto.
Para um funcionamento perfeito de um motor pensando-se em torque e potência o ideal é ter um motor com 8v em baixas rotações e um de 16v em altas rotações, pois um motor de 8v atinge seu torque máximo acerca de 2800 RPM, enquanto um motor com 16v com 4200 RPM.
Lembrando que a pressão na cabeça do pistão no ápice da combustão é medida em toneladas cerca de 1,5 toneladas.

As variáveis de coletor de admissão apresentadas pode ser obtidas pelo sistema de coletor variável característica de alguns veículos, porém o que se privilegia nos motores dos veículos de passeio sem coletor variável é o torque usando-se então um coletor longo.

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