Avanço de ignição
Para a central de injeção eletrônica determinar o avanço da ignição ela necessita do sinal de alguns sensores.É de se salientar que o avanço de ignição é subordinado , exclusivamente ao numero de rotação e à temperatura do liquido de arrefecimento do motor.
Em regime de aquecimento, a central , com base nas informações recebidas pelos sensores, controla o atuador de marcha lenta que determina a quantidade de ar necessária para garantir a marcha lenta estável ao motor.
E na fase de partida a central comanda uma primeira injeção simultânea para todos os injetores ( injeção full group) e depois do reconhecimento do sensor da roda fônica passa a funcionar seguindoo seu sistema sequencial; seja ele fasado , banco a banco .
- Sensor de rotação
- Debimetro
- Sensor de detonação
- Sensor de posição da borboleta
Em regime de aquecimento, a central , com base nas informações recebidas pelos sensores, controla o atuador de marcha lenta que determina a quantidade de ar necessária para garantir a marcha lenta estável ao motor.
E na fase de partida a central comanda uma primeira injeção simultânea para todos os injetores ( injeção full group) e depois do reconhecimento do sensor da roda fônica passa a funcionar seguindoo seu sistema sequencial; seja ele fasado , banco a banco .
- sistema de ignição convencional
- Sistemas de ignição indutivo
Diagnóstico visual da vela de ignição
Diagnóstico
de velas de ignição
Alguns
problemas do motor podem ser identificados por uma simples inspeção na vela,
quer dizer seu aspecto e coloração demonstra como esta sendo a queima da
mistura e o funcionamento desse motor.
Existem
diversos tipos de velas, cada qual com características diferentes (roscas de
cabeçote, grau térmico etc), e com aplicações especificas para cada tipo de
motor.
A
seguir apresentaremos algumas falhas e as prováveis causas do pode estar
acontecendo com o motor.
Resíduos de impurezas
Problema
Motor
falha em altas rotações ou em razões de sobre carga.
Aspecto da vela
Resíduos
de coloração avermelhados, marrons, amarelo verde e branca incrustados no bico
isolador e nos eletrodos.
Causas
Impurezas
ou aditivos (chumbo tetra-etílico e outros) na gasolina ou no óleo, que não são
queimados totalmente, depositando-se na ponta ignífera das velas. Em altas
temperaturas esses depósitos tornam-se condutores elétricos e provocam falhas
no centelhamento.
Solução
As
incrustações nesse caso são facilmente removidas, se as velas estiver em boas
condições pode ser utilizada novamente após a devida limpeza. Em casos de
resíduos de chumbo, a vela deve ser substituída.
Resíduos de carvão
Problema
Dificuldade
na partida e o motor falha em marcha lenta.
Aspecto da vela
Ponta
da vela totalmente coberta por resíduos de carvão.
Causas
- Ignição
atrasada.
- Mistura
ar/gasolina demasiadamente rica.
- Filtro de ar
obstruído.
- Deficiência de
energia para a ignição.
- Uso excessivo do
afogador (veículos carburados).
- Funcionamento do
motor em marcha lenta ou em velocidade baixa por longos períodos.
- Vela de ignição
muito fria (grau térmico).
Soluções
Nas
situações de 1 a 6, basta realizar as regulagens necessárias.
Na
situação 7, providenciar a substituição da vela para a especificada do veículo.
Carbonização unida
Problema
Dificuldade
na partida e o motor falha em marcha
lenta.
Aspecto da vela
A
ponta da vela apresenta brilho oleoso, úmido e preto.
Causas
- Anéis do pistão
ou cilindro desgastados.
- Falta de
assentamento do pistão, anéis e cilindro (principalmente em motores
retificados).
- Se o motor for
dois tempos, a proporção óleo / combustível está muito alta.
Soluções
- Substituir
os anéis ou retificar os cilindros.
- Revisar
o estado dos pistões, anéis e cilindros.
- Corrigir
a proporção óleo / combustível.
Encharcamento
Problema
Dificuldade
na partida, motor falhando e marcha lenta irregular.
Aspecto da vela
Ponta
da vela encharcada de combustível.
Causas
Motor
afogado, problemas com a carburação, umidade ou água no sistema de alimentação
ou no combustível, folga nos eletrodos da vela, problemas no sistema de
ignição.
Solução
Verificar
e corrigir a anormalidade, se as velas estiverem em boas condições realizar a
secagem e regular a distância dos eletrodos para o especificado.
Superaquecimento
Problema
Motor
com características de detonação, perda de desempenho em altas velocidades, em
subidas ou com cargas elevadas.
Aspecto da vela
O
bico isolador apresenta-se esbranquiçado com grânulos em sua superfície.
Causas
- Ponto de ignição
adiantado.
- Mistura
Ar/Combustível muito pobre.
- Deficiência na
refrigeração do motor.
- Aperto
insuficiente da vela.
- Combustível com
baixa octanagem.
- Velas muito
quentes (grau térmico).
Soluções
Nas
causas de 1 a 4 - basta realizar as regulagens necessárias.
Na
causa 5 – Utilizar combustível de melhor qualidade.
Na
causa 6 – Utilizar a vela correta de acordo com o especificado pelo fabricante.
Resíduos de álcool
Problema
Motor
falha principalmente na aceleração.
Aspecto da vela
Resíduos
de coloração avermelhados, marrons ou amarelas no bico do isolador.
Causas
Impureza
ou aditivos no álcool ou alguns lubrificantes que não se queimaram em
determinadas condições.
Solução
Substituir
a vela – porque esses resíduos são de difícil remoção.
Isolador quebrado
Problema
Motor
apresenta funcionamento irregular (falha) e baixo desempenho.
Aspecto da vela
O
bico isolador apresenta-se trincado ou quebrado.
Causas
É
causado normalmente pela expansão térmica ou choques térmicos, originados por
aquecimento e resfriamento brusco ou pelo choque mecânico da detonação.
Utilização
de ferramenta inadequada para calibração da folga do eletrodo.
Solução
Evitar
sobrecarga do veículo e revisar a regulagem do motor. Utilizar calibrador
adequado.
Pré-ignição
Problema
Grande
perda de potência do motor, A temperatura na câmara de combustão sobe
rapidamente causando danos no pistão.
Aspecto da vela
Eletrodos
fundidos e nos casos extremos o eletrodo desaparece complemente da ponta
ignífera, ocorrendo também a fusão do isolador.
Causas
- Ignição
excessivamente adiantada.
- Deficiência na
refrigeração do motor.
- Resíduos de
impurezas de superaquecimento na câmara de combustão.
- Vela de ignição
muito quente.
Soluções
Nas
causas 1 e 2 – Regular o ponto de ignição e revisar o sistema de arrefecimento
do motor.
Causa
3 – Remover todos os resíduos de impurezas que estiver incrustado na câmara de
combustão.
Causa
4 - Substituir a vela de acordo com o
especificado pelo fabricante.
Fim da vida útil
Problema
Dificuldade
na partida e perda de desempenho do motor e aumento de elemento poluentes nos
gases de escape.
Aspecto da vela
Folga
nos eletrodos aumentada e os eletrodos apresentam-se arredondados.
Causas
A
vela se desgastou normalmente e nestes casos ocorre sobre carga no sistema de
ignição requerendo uma voltagem maior. Também ocorre o aumento no consumo de
combustível porque sua vida útil acabou.
Solução
Substituí-las
por velas novas.
Motor em boas
condições de funcionamento
Aspecto da vela
Possui
depósitos de coloração marrom, marrom claro, cinza ou cinza claro.
Causas
A
vela está cumprindo a sua função e o motor apresenta desempenho e consumo de
combustível satisfatório.
Solução
Para
assegurar essa operação de maneira contínua e satisfatória, limpe as velas e
regule a folga entre os eletrodos a cada 5.000 km e providencia a sua substituição de acordo
com o recomendado pelo fabricante.
Óleos
Prazos de troca e escolha
do óleo:
No Brasil, normalmente se
usa a norma SAE para viscosidade e a classificação API para a qualidade do
óleo, se o seu carro pede um óleo SAE 20W50 SH, você pode usar qualquer óleo
com tal classificação. A viscosidade não pode ser alterada (20W50), a não ser
que no manual sejam indicadas duas viscosidades diferentes. Já a classificação
API pode ser alterada, desde que se altere para uma classificação mais nova.
Neste caso se pode usar o SH, SJ ou o SL, preferencialmente o SL que só trará
benefícios ao motor. Quanto ao uso de óleo mineral, sintético ou
semi-sintético, assunto muito polêmico, porém ao meu ver óleos de mesma
classificação API têm a mesma qualidade, sejam minerais ou sintéticos (ou a
classificação API é furada...), a diferença é que se o petróleo acabar só
restarão os óleos sintéticos. Eu não vejo porque usar óleo sintético ao invés
do mineral, dizem que o sintético dura duas vezes mais, mesmo que durasse ele
custa três vezes mais... O que deve ser feito é usar o óleo de viscosidade e
classificação corretas, troca de óleo nos períodos certos, observando os casos
de solicitação severa: Percursos abaixo de 10km, constantes engarrafamentos,
estradas poeirentas, sempre em rotações altas, gasolina adulterada. Nos quais o
período de troca deve ser reduzido pela metade. No meu caso como o manual
estipula a troca do óleo a cada 10000km, porém uso o carro em percursos abaixo
de 10 km ,
e muito provavelmente com gasolina adulterada (muito comum no Brasil), portanto
troco o óleo a cada 5000 km .
Não esqueça de sempre trocar o filtro de óleo (por mais que no manual estipule
uma troca de filtro a cada duas trocas de óleo), pois o filtro perde a
capacidade de filtrar com o tempo, além de misturar óleo velho (normalmente 0,5 l do filtro), com o óleo
do cárter (normalmente 4 l ).
Isso sem contar com o risco de mudar a marca do óleo e misturar óleos com
aditivos incompatíveis, a troca do filtro implica em pouco gasto a mais. Porém
o motor agradece.
Para o fluido de
freio pode-se usar DOT4 se o manual pede DOT3. Já para a direção hidráulica,
normalmente não é estipulado o período de troca, porém, a cada 50000 km é bom trocá-lo
para retirar sujeira e umidade do sistema, normalmente se usa a classificação
DEXRON II - D. Quanto à caixa de marcha, consulte o manual do proprietário para
saber a viscosidade do óleo (nunca a mude) e o período de troca (em geral
50000km).
Detalhes técnicos:
Para óleos
lubrificantes, dois itens devem ser considerados:A viscosidade e o nível de
desempenho. Tais características são explicadas abaixo. Consulte o manual do
veículo caso tenha dúvidas de que óleo usar.
Viscosidade:
A viscosidade é uma das
mais importantes propriedades de um óleo lubrificante. Pode ser definida como a
resistência ao movimento que um fluido apresenta a uma dada temperatura.
Óleos lubrificantes podem
ser classificados em função do grau de viscosidade, sendo os mais utilizados:
ISO:
A ISO ( International
Standards Organization ) criou um sistema que classifica os óleos de acordo com
a sua viscosidade na unidade de medida centistokes ( cSt ) à 40 °C . Os valores variam de 2 a 1500 cSt e na tabela, o
mesmo número do grau é correlacionado com o valor da sua viscosidade, com
tolerância de 10% para mais ou para menos. Exemplo: Um óleo ISO VG 100 ou
simplesmente ISO 100 terá um valor de viscosidade à 40 °C entre 90 e 110 cSt.
Obs: VG significa Viscosity Grade ( grau de viscosidade )
A classificação ISO é
normalmente utilizada para óleos industriais.
SAE para óleos de motores:
A SAE ( Society of
Automotive Engineers ) desenvolveu um sistema de classificação baseado nas
medições de viscosidade. Para óleos de motores, este sistema estabeleceu 11
tipos de classificações ou graus de viscosidade: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W,
25W, 20, 30, 40, 50 e 60. O "W"que se segue ao grau de viscosidade
SAE significa inverno (winter) e indica que um óleo é adequado para uso em
temperaturas mais frias. Os óleos que tem a designação W devem ter o valor de
viscosidade adequado quando medidos nas temperaturas baixas. As classificações
SAE que não incluem o W definem graduações de óleo para uso em temperaturas
mais altas. A viscosidade desses óleos SAE 20, 30 40 e 50 devem ter o valor
adequado quando medidos a 100°C .
O desenvolvimento dos
melhoradores de índice de viscosidade possibilitou a fabricação dos óleos de
múltipla graduação e de primeira qualidade, este tipo é também conhecido como
óleo multigrau. Esses óleos, SAE 20W40, 20W50, 5W40 são largamente usados,
porque ao dar partida no motor, o óleo está frio. Nesta temperatura ele deve
ser "fino" o suficiente para fluir bem e alcançar todas as partes do
motor. Já em altas temperaturas, ele deve ter a viscosidade adequada para
manter a película protetora entre as partes metálicas, garantindo a
lubrificação adequada á temperatura de trabalho do motor.
Os óleos multigraus podem
ser usados em uma gama maior de temperaturas do que os óleos monograu. Suas
características de temperatura/viscosidade proporcionam partida e bombeio
fáceis em baixas temperaturas, todavia, eles são viscosos o bastante em altas
temperaturas, para lubrificar como os óleos monogramas.
Por exemplo, os óleos
20W40 são formulados para cumprir os requisitos de viscosidade em baixa
temperatura de um óleo monograu SAE 20W e os requisitos de viscosidade em alta
temperatura de um óleo monograu SAE 40.
Os óleos classificados
como SAE sem a designação W tem suas viscosidades medidas em 100°C para assegurar
viscosidade adequada em temperaturas operacionais normais do motor.
SAE para óleos de
engrenagens:
Este sistema tem função
equivalente ao sistema para óleos de motor e estabelece 07 tipos de
classificações ou graus de viscosidade: SAE 70W, 75W, 80W, 85W. O "W"
que se segue ao grau de viscosidade SAE significa inverno (winter) e indica que
um óleo é adequado para uso em temperaturas mais frias. Os óleos que tem a
designação W devem ter o valor de viscosidade adequado quando medidos nas
temperaturas baixas. As classificações SAE que não incluem o W definem
graduações de óleo para uso em temperaturas mais altas. A viscosidade desses
óleos são SAE 90, 140 e 250 e devem ter o valor adequado quando medidos a 100°C .
Esta classificação se aplica normalmente a
transmissões mecânicas e diferenciais de veículos leves e pesados.
Nível de Desempenho:
Os óleos de motores são
classificados de acordo com a API ( American Petroleum Institute ) para nível
de desempenho e de acordo com o grau SAE para viscosidade.
A classificação API é uma
classificação de desempenho de óleos, americana, que é utilizada mundialmente
pelos fabricantes de motores.
O sistema de classificação
de óleos da API (American Petroleum Institute) permite que os óleos sejam
definidos com base na suas características de desempenho e no tipo de serviço
ao qual se destina. Este sistema permite o acréscimo de novas categorias a
medida que os projetos dos motores mudam e se exige mais do óleo do motor. A evolução
das letras do alfabeto significam óleos de melhor qualidade/desempenho.
A classificação para
motores a gasolina que leva a letra S (que e de Service Station - ou posto de
gasolina em inglês ) seguida de outra letra que determina a evolução do óleos.
Esta classificação e de fácil entendimento já que a evolução das letras
significa a evolução da qualidade dos óleos. Os óleos são classificados então
como SA, SB ,SC ,SE,SF,SG,SH, SJ e o mais novo e avançado SL.
A classificação mais recente é a API SL que é superior a API
SJ, logo os óleos com classificação API SL são óleos de melhor desempenho que
os óleos de classificação API SJ. Ou seja, os óleos SL passam por todos os
testes que um óleo API SJ passa e por mais alguns que os óleos API SJ não passam.
Logo, quando e recomendado um óleo com classificação SJ poderá ser usado um
óleo SL, porem o contrário não e permitido.
A maioria dos óleos atuais
pode ser usado tanto em motores gasolina quanto álcool ou GNV (Gás Natural
Veicular), porém motores de ciclo Diesel usam óleos específicos.
Para motores a gasolina,
existe ainda uma classificação realizada pela ACEA - Associação Européia de
Fabricantes de Veículos (antigamente denominada CCMC), que define diversos
níveis de desempenho, tais como: A1, A2 e A3.
Para motores a gasolina do
tipo 2 tempos, normalmente utilizados em motos, ciclomotores, karts,
motosserras e similares, a classificação da API abrange três níveis de
desempenho: API TA, TB e TC, onde o TC é a mais avançada no momento. Para motores
de 2 tempos a gasolina, existe ainda uma classificação da indústria japonesa
chamada JASO, que define outros três níveis de desempenho : JASO FA, FB e FC,
que de forma análoga à API, tem o nível JASO FC como o mais atual.
Para motores marítimos de
2 tempos refrigerados a água utilizados em lanchas - tipo Outboard (fora de
borda), existe uma classificação definida pela NMMA - National Marine
Manufacturers Association : TC-W, TC-W 2 e TC-W3. Em 1994, ocorreu uma
recertificação dos produtos classificados, gerando o atual nível TC-W3
recertificado, que é o mais avançado do mercado.
A classificação para
motores diesel já e bem mais complexa. A classificação tem a letra C (de
comercial ) seguida da letra (ou letra e numero) que determina a evolução dos
óleos. Esta classificação é simples somente até a classificação CD, pois segue
a evolução das letras do alfabeto: CA,CB,CC e CD . A partir dai, ha uma
separação da categoria em três grandes ramos.
Os óleos atualmente produzidos podem atender a especificação de cada ramo de
uma forma independente.
O ramo dos óleos para motores diesel 2 tempos (praticamente
só motores Detroit ) tem a partir da categoria CD duas evoluções: a categoria
CD-II e outra mais recente CF-2.
O ramo dos óleos para
motores 4 tempos para veículos operando com diesel de teor de enxofre maior que
0.5 % que só teve uma evolução . A categoria CF que sucede a CD para esta
aplicação especifica.
O ramo dos óleos para
motores 4 tempos para veículos operando com diesel com teor de enxofre menor
que 0.5% já teve 4 evoluções : CE , CF-4 , CG-4 e CH-4.
De qualquer forma é
recomendado sempre seguir a indicação do fabricante. Assim se um há uma
especificação de se utilizar no mínimo um CF-4 se pode utilizar um CG-4 e não
se pode utilizar um CE.
Para motores diesel,
existe ainda uma classificação realizada pela ACEA - Associação Européia de
Fabricantes de Veículos ( antigamente denominada CCMC ), que define diversos
níveis de desempenho, tais como: B1,B2, B3 e B4 ( motores de automóveis ) ;
E1,E2,E3 e E4 ( motores de caminhões / ônibus ) . Esta classificação é
normalmente exigida pelos fabricantes de motores diesel de origem européia,
tais como Mercedes Benz, Volvo, Scania, etc...
A Mercedes Benz possui
ainda um critério de classificação de desempenho compatível com a da ACEA,
sendo que os níveis atualmente variam de: MB 228.0 a 228.3.
Observação
Essas
informações foram colhidas na TEXACO.
coletor de admissão
O Cabeçote com 16V produz mais
potência, no motor com cabeçote de 16V normalmente se usa um coletor longo,
pois com um coletor longo a média rotação se privilegia o torque com o efeito
" Pulsação (efeito de retorno das moléculas ao encontrarem a válvula de
admissão fechada ricocheteando nas paredes do coletor, melhorando o enchimento
do cilindro " Efeito Bomba"/Golpe de aríete), evitando assim o
chamado buraco na aceleração.
Os chamados motores multiválvulas
(16v, 20v etc.) apresentam uma deficiência em baixas rotações devido as baixas
velocidades de depressão no coletor.
Como exemplo em um motor com 16V
ou seja, 4v por cilindro, temos a abertura de duas válvulas de admissão
simultaneamente, diminuindo a depressão no coletor e conseqüentemente o arraste
de ar, causando assim o chamado " buraco de aceleração. Alguns motores
possuem uma borboleta controlada pelo módulo de injeção que fecha uma das
entradas do coletor de admissão, tornado o efeito de admissão em baixas
rotações parecido com um motor de 8v.
Existem sistemas de injeções
eletrônicas em que o acelerador eletrônico exerce um controle de torque abrindo
a borboleta do acelerador progressivamente, minimizando assim a queda de
depressão no coletor.
Para entender o funcionamento do
coletor de admissão, é necessária a compreensão de dois fatores: perda de carga e pulsação.
- Perda de carga: existe quando ocorre o atrito do ar nas paredes do
coletor de admissão significativamente;
- Pulsação: é o golpe de ar formado dentro do coletor dado pela
abertura e fechamento das válvulas de admissão.
Quanto à aplicação do coletor, é
avaliado o que é mais conveniênte ou mais significativo
entre um e outro (perda de carga ou pulsação).
Em um motor em marcha lenta é
necessário o uso das características de um coletor
curto, pois não há presença do fenômeno “pulsação”. Mesmo usando-se um coletor longo, a velocidade dos pistões
em marcha lenta é baixa, gerando um baixo deslocamento de ar. Já um motor entre
1500 e 3000 rpm cria uma velocidade onde a pulsação
é bastante significativa para contribuir para o enchimento dos cilindros,
aproveitando este efeito de bombeamento, também chamado golpe de aríete.
Em um motor com giro alto, o
efeito citado acima não é significativo, não contribuindo para o enchimento do
cilindro, então a perda de carga torna-se mais relevante (prejudicial). Quando
o comprimento do coletor é longo, o motor passa a ter muita perda de carga por
atrito, devido a seu alto volume de massa de ar, gerado pela alta rotação dos
pistões. Então, é necessário trabalhar com o efeito de coletor mais curto.
Conclusão:
Motor em marcha lenta: Um
coletor curto apresenta mais eficiência, pois não apresenta pulsações com um
baixo deslocamento dos pistões ( RPM mais baixa).
Rotação média: Na rotação
média o regime é de torque, temos ai mais eficiência usando um coletor longo,
pois o efeito de pulsação contribui para o enchimento dos cilindros ( 1500 a 3000 rpm).
Alta Rotação: Este regime é
denominado de potência, onde um
coletor mais curto é mais eficiente, pois o efeito de pulsação não contribui
mais para o enchimento dos cilindros do motor ( acima de 3000 RPM), pois a
freqüência de abertura e fechamento das válvulas de admissão e o grande volume
de ar acaba criando resistência para trafegar em um coletor longo, logo
trabalha-se com um coletor curto.
Para um funcionamento perfeito de
um motor pensando-se em torque e potência o ideal é ter um
motor com 8v em baixas rotações e um de 16v em altas rotações, pois um motor de
8v atinge seu torque máximo acerca de 2800 RPM, enquanto um motor com 16v com
4200 RPM.
Lembrando que a pressão na cabeça
do pistão no ápice da combustão é medida em toneladas cerca de 1,5 toneladas.
As variáveis de coletor de
admissão apresentadas pode ser obtidas pelo sistema de coletor variável
característica de alguns veículos, porém o que se privilegia nos motores dos
veículos de passeio sem coletor variável é o torque usando-se então um coletor
longo.
cavitação
ignição dentro do cilindro
Esquema elétrico do sistema de ignição
Este é o esquema elétrico de um sistema elétrico automotivo , em que pode-se notar o platinado e o distribuidor de ignição.
Legenda
15 / 30 chave comutadora.
15 / 4 Bornes primário e secundários da bobina de iguinição.
L1 e L2 enrolamentos da bobina de iguinição.
Troca de óleo
As dúvidas sobre a correta forma de trocar o óleo lubrificante ainda são comuns entre os reparadores automotivos. Uma substituição feita no tempo errado e na quantidade indevida pode provocar a redução da vida útil do óleo, desgaste prematuro das peças do motor, superaquecimento, entre outros problemas.
Para solucionar estas e outras questões, é importante tomar alguns cuidados e procedimentos que fazem muita diferença no desempenho do veículo.
Por que é importante trocar o óleo do seu carro?
Com o passar do tempo, o óleo do motor pode perder a sua viscosidade. A viscosidade faz com que o óleo permaneça por mais tempo revestindo as partes móveis que ficam em contato dentro do motor, como bielas, aneis, cilindros, bronzinas, mancais, comandos, válvulas, etc. Perdendo a viscosidade, o atrito entre as peças poderá comprometer o bom funcionamento do motor, diminuindo sua vida útil, reduzindo o desempenho, consumindo mais combustível, e ao médio ou longo prazo, provocar desgaste prematuro nos anéis, fazendo com que o motor “queime óleo”, até que o leve à retífica.
Como avaliar qual tipo de óleo usar?
Seguir sempre a recomendação do Manual do Proprietário.
Onde eu devo trocar o óleo?
Existem 4 premissas para a lubrificação bem feita; utilizando o lubrificante correto, na quantidade indicada, utilizando as ferramentas e dispositivos de lubrificação adequados e na troca na periodicidade recomendada. É adequado procurar locais com a estrutura necessária e com a equipe treinada tecnicamente para atender a estas premissas, que normalmente são: concessionárias, postos de serviço, super trocas, oficinas mecânicas especializadas e redes de pneus.
Quais critérios se devem analisar, quando for substituir o óleo indicado no manual por um similar?
Devem obedecer às especificações do óleo recomendado do Manual do Proprietário, de acordo com a viscosidade SAE (Sociedade de Engenheiros Automotivos), e com a aditivação API (Instituto Americano de Petróleo), ACEA, ILSAC ou JASO. Todos os lubrificantes contêm as informações nos rótulos sobre homologações e especificações.
Por que estamos vendo com muito mais frequência a recomendação de lubrificantes semissintéticos pelas montadoras?
Os óleos semissintéticos ou de base sintética, possuem performance superior comparada a dos óleos minerais, com custos inferiores a dos sintéticos, associando custo x benefício com a evolução da tecnologia dos motores.
Quando se deve completar o nível de óleo?
Com o uso do carro, o nível do óleo baixa um pouco devido às folgas do motor e à queima parcial na câmara de combustão. Assim, enquanto não chega o momento de trocar o óleo, deve-se completar o nível gradativamente.
Qual a diferença entre óleos sintéticos, semissintéticos e minerais?
O lubrificante é composto por óleos básicos e aditivos. Sua função no motor é lubrificar, evitar o contato entre as superfícies metálicas e refrigerar, independentemente de ser mineral ou sintético. A diferença está no processo de obtenção dos óleos básicos. Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos. Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, havendo assim maior controle em sua fabricação, permitindo a obtenção de vários tipos de cadeia molecular, com diferenças características físico-químicas e por isso são produtos mais puros.
Os óleos semissintéticos ou de base sintética, empregam mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo muito elevado.
Não é recomendado misturar óleos minerais com sintéticos, principalmente de empresas diferentes. Seus óleos básicos apresentam naturezas químicas diferentes e a mistura pode comprometer o desempenho de sua aditivação, podendo gerar depósitos. Além disso, não é economicamente vantajoso, já que o óleo sintético é muito mais caro que o mineral e a mistura dos dois equivalem praticamente ao óleo mineral, sendo, portanto, um desperdício.
Uma dica interessante se refere à troca de óleo mineral por sintético. É importante trocar o filtro de óleo junto com a primeira carga de sintético e trocar esta carga no período normal de troca do veículo em função da sua utilização.
Qual o nível correto do óleo no carro?
São os traços da vareta de óleo que indicam o nível. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o nível correto se encontra entre os dois traços e não só no traço superior. Se o óleo fica abaixo do mínimo da vareta, o motor pode ser prejudicado por falta de lubrificação. No entanto, se o óleo fica acima do máximo da vareta, haverá aumento de pressão no cárter, podendo ocorrer vazamento e até ruptura de bielas, além do óleo em excesso ser queimado na câmara de combustão sujando as velas e as válvulas, danificando também o catalisador no sistema de descarga do veículo.
Quando se deve trocar o óleo do carro? Há algum sinal que o veículo apresente?
O correto é seguir rigorosamente a recomendação do Manual do Proprietário de acordo com a quilometragem, ou, geralmente após 6 meses. Alguns sinais são a perda de potência e o superaquecimento.
Por que motor deve estar quente na hora de troca de óleo?
Facilita a saída das impurezas pelo dreno do Carter, pelo fato de estar menos viscoso (mais fino) e as partículas estarem dispersas em suspensão.
Quanto tempo deve-se esperar para medir o nível de óleo?
É importante que se espere pelo menos 15 minutos após o motor ter sido desligado para medir o nível. Isso ocorre porque, neste tempo, o óleo vem descendo das partes mais altas do motor para o cárter e assim podemos ter a medida real do volume, mas sabe-se que dificilmente este período é respeitado nos postos de serviço.
Qual a diferença entre “serviço severo” e “serviço leve”, que são termos usados pelos fabricantes de veículos quando falam em intervalos de troca?
No serviço severo os veículos trabalham com carga em centro urbano, e/ou com baixa velocidade no tráfego tipo “anda e para” e/ou por pequenas distâncias, e/ou de até seis quilômetros (grande troca de marcha) e/ou ambiente externo sujeito à contaminação por poeira. O serviço leve ocorre com o veículo sem carga, em velocidade constante na estrada por percursos longos, com boa pavimentação, e em ambiente externo não agressivo.
O filtro de óleo também deve ser trocado? Quando?
Sim. O óleo, com seus aditivos detergentes e dispersantes, carrega as sujeiras que iriam se depositar no motor. Ao passar pelo filtro, as impurezas maiores ficam retidas, e as menores continuam em suspensão no óleo. Chega um momento em que o filtro, carregado de sujeira, dificulta a passagem do óleo, podendo causar falhas na lubrificação. A situação se agrava quando ocorre o bloqueio total do filtro de óleo, o que pode causar sérios danos ao motor. O período de troca do filtro de óleo também é recomendado pelo fabricante do veículo e consta do manual do proprietário. Deve ser feita a cada duas trocas de óleo. Hoje já existem fabricantes que recomendam a troca do filtro a cada troca do óleo, para que não haja mistura do óleo novo com o residual que se encontra no filtro.
Quais são os perigos de se usar um óleo incorreto?
Perda da garantia da montadora, redução da vida útil do lubrificante, mau funcionamento, desgaste prematuro das peças, superaquecimento, má limpeza do sistema e consequentemente a perda do motor, entre outros.
Qual é a relação entre usar combustível de um posto não muito confiável e a questão da lubrificação?
Combustíveis adulterados são danosos ao motor e implicam queima inadequada e excesso de sujeira no motor. Lubrificantes de maior performance, como semissintéticos e sintéticos poderiam resistir um pouco mais que os minerais, mas não seriam suficientes para evitar a borra em motores que rodam com combustíveis fora das suas especificações, principalmente aqueles adulterados com solventes.
Por que é recomendável utilizar óleo sintético no motor do veículo?
O óleo sintético resiste mais à oxidação gerada pela temperatura, tem menos perda por evaporação, menor formação de borras e lacas e em alguns casos, atração molecular. Embora os lubrificantes sintéticos ofereçam qualidade superior, a maioria dos fabricantes de veículos ainda não diferencia os períodos de troca entre sintéticos e minerais. Existem lubrificantes sintéticos com viscosidade muito abaixo da recomenda pela Montadora para um determinado modelo. Portanto, recomendamos seguir a indicação do Manual do Proprietário.
Assinar:
Postagens (Atom)